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Introspecto

Minhas lágrimas fertilizaram o vazio
E eu que achei que estava plantando essa tristeza
Colhi amadurecimento diante ao frio
Frutos de insônia, ansiedade, soluços e incertezas

Entrei nas minhas profundezas
Me deixei levar pelas correntezas
E pude conhecer minha beleza
Fui eu e meu ser em toda a pureza

Não foi fácil, minhas lágrimas não se secaram ainda
Eu amo quem se foi, mas não com aquela mesma intensidade
E reaprendi, pois nem tudo é para sempre nessa vida
Nós sonhamos, abraçamos e os planos tem prazo de validade

Mas eu não deixei as minhas convicções de lado
Nutri elas de conhecimento e melhor que isso, autoconhecimento
Vou onde tenho curiosidade ou me sinto conectado
Aos poucos meus passos vão se firmando e vão se refortalecendo

É, com o tempo eu vou me tornando alguém que eu desejo ser
Parei nessa altura aqui, um e setenta, mas não deixei de crescer

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias