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Vasos e Vazios

A nossa idade só aumenta
E o tempo nessa Terra vai diminuindo 
Desde a criança marrenta
Até um moleque bobo por aí sorrindo

Somos infância em essência
Determinados pelo que não temos e não tivemos como controlar
Somos uma falsa resistência
Pois se sobrevivemos a esse período, temos alguém a quem condecorar

Muita gente se recusa a ser grato
Porque para muitos, o aprendizado é repleto de injustiças
E tem muita gente que ignora o fato
Então, o assunto se torna ineficaz e isso me traz uma certa preguiça

Uma grande vontade de virar as costas e sair andando
Mas é difícil mudar o mundo por uma bolha que permanece se fechando
É que ninguém é perfeito, mas ainda estamos tentando
Porque viver é isso mesmo, vasos que se quebram e permanecem se aperfeiçoando

E retirando todos os contos de fadas mentais, saímos de um ponto fixo
Pois é também de vasos que se quebram e vão simplesmente parar no lixo

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias