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Solstício

a desistência decepciona
com o veneno em seu aroma
as luzes se apagam na alma,
não acalma e nem me abala

mas me faz questionar...
ao mesmo tempo querer andar,
andar sozinho sem direção,
sem ilusão com as coisas que virão

não são pesadelos, são reais,
mas não iguais aos demais
faço questão de voltar a sonhar
acreditar que um dia tudo vai mudar

os sonhos também não são normais
nem ao menos vitais aos incapazes
onde não faço questão de acordar
mas tenho que levantar e caminhar

por que o tempo para, quando é pra ele andar?
e por que não para, quando queremos congelar?
as vezes o que queremos não é o que precisamos
raro quando me pego sonhando e acreditando...

em certos humanos!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias