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No Caminho...


Perto de mais para olhar nos olhos
Fraco de mais para apertar a mão
Surdo de mais para que possa te ouvir
Roco de mais para falar em vão

Distante de tudo, mas sem seus passos nulos
Cúmulos noturnos de convívio com o escuro
Cigarros e vinho do rapaz parado e sozinho
Pensando nos sentidos desse universo infinito

Sentado na calçada, talvez olhando para o nada
Esperando por ninguém, ou, quem sabe alguém...
Nunca irá saber e como é de mero extinto
Observou rápido, sorrindo e já foi saindo

Ele tinha cartas nas mangas e livros para ler
Mas não mostrou magia e sabedoria para entreter
Nada mais importava enquanto o vento soprava
A fumaça voava enquanto tudo apenas passava...

Cabisbaixo e esperando o tempo rodar
Para voltar pra casa, jantar e se deitar

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias