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Indiferente (Frio)


Pequeno sorriso mórbido
Que não tem o poder de ser máscara
Grande instinto insólito
Que se esquece da ordem das palavras

É mais uma manhã de inverno
E o mesmo Sol que te cega não te esquenta
É mais uma manhã de inverno
Ter que andar enquanto o dia apenas venta

Suave recinto melódico
Onde aqueceu o ser imóvel que pulsava
Chave de finito metódico
Que favoreceu o silencio que ali passava

É mais uma manhã de inverno
Que por mais um dia você enfrenta
É mais uma manhã de inverno
Tanta vestimentas e o frio só aumenta

Luz tão obscura na graça do universo
Face de bravura que enfrenta o inverso
Olhar de loucura do ficto e submerso
Procura ternura no invicto e perverso

Eu não convenço o esperto
Converso com o disperso
Capa, contra-capa e deserto
Controverso fim de verso

Frio... O peito do ser mais frio
Privado de calor em precipício

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Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!