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Passos Deslocados

A alma só acordará bem depois do corpo
O dia começará antes do sol em seu rosto
A vida acabou no momento do novo sopro
A lua só brilhou por causa do reflexo transposto

O vento não segue o caminho que lhe foi imposto
A vela empurra com o que te faz e refaz disposto
Passos deslocados a qualquer fato que seja oposto
Faço de meu silencio o intermédio e o interposto

Sei que para a queda sempre fui exposto
Mas será bem difícil me derrubar de novo

As pernas estão mais fortes
A segurança é um suporte
Não preciso que se importe
Minha fé é minha sorte...

Só eu sei onde quero e posso chegar...
E eu não me importo com o que vá julgar!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias