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Está tudo errado...

Está tudo errado...
Com marginais fardados
E sempre ladrões engravatados

Está tudo errado...
Você pagar pra ser batizado
E ver cérebros sendo sugados

Está tudo errado...
Por todos esses lados enfeitados
E todos admirados com o dourado

Está tudo errado...
Onde passos dependem de dados
Que em busca da sorte, são jogados

Está tudo errado...
Esses caminhos mau orientados
Por quem te liberta, o deixando amarrado

Está tudo errado...
E não importa o que eu tenha falado
Não muda, porque estamos acostumados

Está tudo errado...
Se contra essa correnteza eu nado
Me sinto pesado e sou levado junto a esse gado

Está tudo errado...
Não importa o quanto sejamos julgados
E o quanto julgamos, se ainda ficamos parados

Está tudo errado...
Me cegar, sem ainda eu ter me aventurado
E me importar, com o que poucos tem se importado

Está tudo errado...
Preferir, pelo mundo ter viajado
Deixando aqui esses desnaturados e descontrolados

Está tudo errado...
Se em meu espelho eu não tenho olhado
Imperfeição em certificado e significado

Está tudo errado...
E começa ser maçante e intercalado
Porque é "tudo" o que não tem me interessado

Está tudo errado...
O que o mundo tem profetizado
E o que quase ninguém tem considerado

Está tudo errado...
O fim do que parece estar acabado
Mas uma esperança que muitos tem eternizado

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias