Pular para o conteúdo principal

Vinte e Cinco

Sentir-se odiado
Por aquele que ainda diz te amar
Sentir-se solitário
Com aquele que do seu lado está

Sentir o vazio, o medo e a confusão
Sentir o calafrio e uma lacuna na escuridão
Ver um sentido no que você nunca viu
E ver-se num caminho em que nunca seguiu

Não sente falta de alguém ou ninguém
Sente apenas falta de sentir falta
Não sente falta de um além ou porém
Sente o lapso e colapso da alma

Parece que o mundo parou
Mas ele ainda continua girando
Parece que o dia não começou
E as pessoas continuam andando

Sentir e não sentir e com uma máscara se vestir
É simplesmente fingir, simular, fantasiar-se e ainda sorrir
Não é data ou idade, não é sorte ou sinceridade
Não é grade ou lealdade, é simplesmente uma continuidade

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias