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Ser Ébrio...

Sei que há muitos atos e fatos fazendo muita falta
E há muitos altos e baixos em alta.
Há muito comentário e observação pra uma pauta
E há todas as notas em uma flauta.

Somos uma tal demência peralta
E fingimos a decência de um astronauta.
Somos a descendência de malta
E temos a irreverencia de um argonauta.

Somos o intelecto de um internauta,
Ou, um simples cão otário dando a sua pata. 
Somos capitão da tripulação pirata,
Navegando os sete mares de uma mera lata.

Sei que prece até uma frase qualquer,
De um bêbado, na calçada, louco.
Mas você nunca fará uma diferença,
Se não for diversificar um pouco.

E dissonante por fim,
Homem que se deita à base de tarja preta.
Na verdade, foi sim,
A frase de um bêbado abraçado à sarjeta.

Um ser ébrio turbulento,
E eu, apenas querendo ouvir o silencio.
Ofereci o meu repúdio,
E então saí, enquanto ainda dava tempo.

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O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias