Pular para o conteúdo principal

Estação Final, na Terceira Alameda

Ela descia as escadas
Com o Universo aos seus pés
Ele sumia na estrada
Com o seu mundo cheio de revés

De todo esse caminho paralelo
Os olhares de um Big Bang
Ele desenhava os seus castelos
E ela lia seu livro no trem

Disfarces pra não serem percebidos
Até os olhares se cruzarem
Então eles descem no mesmo destino
E seguem para outros lugares

E no outro dia ele espera a rever
Os horários têm que bater
Mas ainda não sabe o que fazer
Talvez esperar alguém ceder

E isso se repete por três dias
Até ele tomar sua decisão
Ela será a garota da sua vida
Deseja pegar em sua mão

Mas ele é muito tímido
Até que ela lhe abre um sorriso
Talvez esse seja um aviso
Um simpático – Venha comigo

Agora começa uma história
Cheia dos prólogos e prefácios
Nem tudo ficará na memória
Pós final feliz, vem o outro lado

Uma pequena parte eu posso até cantar
Mas o resto, não serei eu que irei contar

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias