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Página Em Vão

Independente do que farei ou fiz
Independente do que possa me fazer calar
Independente do que a história diz
Independente do que o silencio faz pensar

Imaginar, iludir, cegar
Você faz tudo isso só e culpa o menos próximo
Enfeitar, ir, vir, chegar
Você refaz dignidade à dó para sentir-se ótimo

A chuva cai lá fora por bem menos que uma hora
Reclama ao antes sobre o depois e ao depois sobre o agora
Sente saudades e mesmo assim tu não vai lá fora
E então chora, independente da metáfora, espora ou aurora

Se piora ou melhora
De toda mudança que demora
Se afora ou se aflora
Não olha nem para onde mora

Vem me dizer que o mundo é burro
E você é tão inteligente
Que prefere dividir tudo n´um muro
Acreditando ir pra frente

Me desculpa, mas você não leu nada camarada!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias