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Entre Palpitação e Palpites, Prelúdio

Não dou corda
O meu relógio é de pulso
Não dou notas
Minha canção é impulso

Meu sorriso diabólico
Fascínio lógico
Meu demônio católico
O caos retórico

Fato categórico
Pacifico e simbólico
Extinto histórico
Aplausos anabólicos

Tragédias
Fúrias ao melancólico
Comédias
Teatro dos alcoólicos

Sobem as cortinas
Onde tudo é caótico
Somem as rotinas
Onde tudo é mórbido

Nem viram as minhas pinturas antigas
E já querem novas
Nem sabem o que minha mente abriga
Fantasmas e covas

Só eu sei o que enterrei
Mas não sei o que terei

Em teu corpo Lua
Onde me sinto mais leve
O meu ser flutua
Peço que não seja breve

Sua luz e sua escuridão
Em sono, que despertam minha curiosidade
Ao te ver na imensidão
Desorientado ao horizonte, longe da cidade

Ao seu lado o brilho das estrelas
E aos seus pés ficam apenas os brilhos de todas as janelas
Eu na minha, aonde posso vê-la
Joelhos na cama, rosto no antebraço, comerciais de novela

Que nessa noite sinta a paz para onde eu te trouxe
Em meu peito, trafega, vicia e trafica
E cliché é o poeta dizer que a Lua está bonita hoje
Sendo que ela está sempre magnífica

Um astronauta em todos os olhares
O artesão aos cinzeiros de bares
Fazendo dos espaços, oásis e lares
Apaixonado por todos os lugares

Escrevendo sobre as folhas de outono
Sobre os heróis, as princesas
E sobre todos os reis e todos os tronos
Nobreza, realezas e pobrezas

Vou fazendo de tudo, as mil maravilhas
O criador, cria amor
Contando do mundo, dentro de uma ilha
O criador, cria a dor

E não vou escrevendo só o que desejo
Mas também, sobre tudo o que eu vejo

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias