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Mística

Sabe seu olhar de Medusa
Não tenha medo, usa
Com seu perfume me seduza
Com seu charme me abduza

Me entorpeça desse seu jeito, confusa
Diz que aceita, diz que recusa
Tira a sua roupa e veste a minha blusa
Meu corredor, sua passarela, você, minha musa

Ei, me escuta, me induza
Me paralisa e me movimenta nua
E só nesse momento nos esconderemos da Lua
Depois vamos abrir um sorriso de mãos dadas na rua

Você inteira, me vicia
Me faz perder o rumo das minhas simetrias
Complica toda a minha poesia
Mas não preciso do passado para fazer qualquer analogia

Estar com você desperta um novo sentimento
O de que agora, é sempre o meu melhor momento

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias