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Apólogos de um Vagamundo

Não sou telepata
Não entendo a mente humana
Muito menos a minha

Não sou acrobata
Não me equilibro muito bem
Muito menos na guia

Não uso gravata
Não me arrumo muito pra sair
E tenho péssima caligrafia

E eu não sou entusiasta
Nem pirata ou cineasta condecorado
Sou soldado de tropa vencida

Espero que algum dia Zeus jogue o seu trovão
Acerte meu peito refletindo em meus braços abertos
Que meus olhos brilhem mais do que escuridão
De sorriso maquiavélico, que possa ser mais honesto

Um sarcasmo de Fausto, apócrifos e sintéticos
Enganando Deus e o Demônio em formato poético
Em meio à escravidão mental do que é patético
Me sinto cético, mas me prendo à mitos esotéricos

Jogo as lascas, jogo os fardos
Garimpo relíquias de brechó ou bazar
Jogo as cartas, jogos os dardos
Lanço a sorte e não quero receber azar

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias