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Jardim de Rosas e um Céu Azul

Procurando errado
Fazendo prosa
Quem planta cacto
Não colhe rosa

Mas apesar dos espinhos
Eu prefiro mais do que as margaridas
Entre perfumes e desafios
As belezas que não estão escondidas

Elas se vão
Enfim, mas além de eu ter minhas preferidas
Elas se vão
E me fizeram acostumar com as despedidas

É, e nas mais queridas feridas
Eu me acostumei que tudo cicatriza
O tempo homicida nos ensina
Que nós estamos sempre de partida

Vai Verão e vem Outono
E assim, no ciclo, logo vem o Inverno e a Primavera
Entre a insônia e o sono
A espera se transforma em quimera ou em atmosfera

E eu volto a sonhar com aquele céu azul
Estranhamente, desnorteando para o Sul

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias