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Jardim de Rosas e um Céu Azul

Procurando errado
Fazendo prosa
Quem planta cacto
Não colhe rosa

Mas apesar dos espinhos
Eu prefiro mais do que as margaridas
Entre perfumes e desafios
As belezas que não estão escondidas

Elas se vão
Enfim, mas além de eu ter minhas preferidas
Elas se vão
E me fizeram acostumar com as despedidas

É, e nas mais queridas feridas
Eu me acostumei que tudo cicatriza
O tempo homicida nos ensina
Que nós estamos sempre de partida

Vai Verão e vem Outono
E assim, no ciclo, logo vem o Inverno e a Primavera
Entre a insônia e o sono
A espera se transforma em quimera ou em atmosfera

E eu volto a sonhar com aquele céu azul
Estranhamente, desnorteando para o Sul

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