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Anacronismo Sonoro (E se...)

Para uns de nós
A música tem que vir com um sentimento
Mas para outros
Ela precisa ser apenas um hit do momento

Enfim, independente daquilo que você espera dela
Que assim seja, que ela te traga
Pois somos muito viciados na brisa que vem bela
Que nos embarca, nos embriaga

Fico triste pelo artista que vendeu sua alma e dom
Que faz qualquer coisa por dinheiro, qualquer som

Mas assim, bom mesmo é cantar pra Lua
Improvisando na cultura que se cultua
Com só os verdadeiros, originais nas ruas
Sem precisar ver se já passou das duas

Quero conhecer um novo Seixas ou um novo Cazuza
Que nos mostre as loucuras que vêm da música
Que nos diz mentiras sinceras ou tem medo da chuva
Que nos deixa perplexos e com a mente confusa

Já estou cansado de tanta música igual e repetitiva
Que toca em todas as rádio chicletes de minha vila

É pedir demais
Um novo samba de Cartola?
É pedir demais
Um novo Adoniran Barbosa?

E se isso, e se aquilo... Só nós podemos mudar tudo isso!

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O Verbo

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Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!