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O Universo e o Rascunho da Realidade

Como é que você encara tudo que se perde?
Sua luta só é cara quando você se vende
Às vezes é o karma que muitos não entendem
Orações frente à velas que se ascendem

E pra ascender é preciso aprender
Mas vai voltar, vai passar por lá mais algumas vezes
Vai tentar omitir, varrer e esquecer
Vai se calar, se colocar no lugar mais algumas vezes

Contar até dez, fechar os olhos e respirar
Internar, inspirar, tentar meditar, se editar

E se abrimos o peito, é pro coração ficar mais leve
Mas às vezes abrimos em hora errada, de energia carregada
E se abrimos o sorriso, é para emanar o que é livre
Mas às vezes abrimos em hora errada, de energia renunciada

E percebemos estar no mesmo teto e nas mesmas paredes
De quem não pisa num mesmo chão
E percebemos observar o mesmo horizonte, da mesma rede
De quem não recebe a mesma benção

E isso é triste, ao triste e a quem o observa
Sentimentos como cordas de nylon no escuro que não reverbera
Sofrimentos mútuos que a empatia prolifera
Sacramento surdo, cego, sem paladar ou tato, nós somos as feras

Somos monstros achando que é tudo comparável
Entre o aplicável e o provável
Somos monstros achando que é tudo solucionável
Entre o amigável e o miserável

E quando nós realmente somos úteis?
Quando inspiramos
Quando deixamos de lado atos fúteis
E naturalmente piramos

E eu só digo isso, porque uma Loucura me fez rir em meio ao Caos
Foi Luz quando as energias de Trevas ao meu redor me faziam mau

Tropece ao ser um alicerce
Cale-se como se o seu silencio dissesse
Transforme pressa em prece
Surpreenda, sendo menos do que parece

Vivemos entre o sonho e a realidade
Mas não entre a montanha e a cidade

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias