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O Pajé

Já tá de pé até
Sozinho pr'um canapé
Toma seu café
Preferia sentir a maré

E na mesa de um candomblé
Indiferente para qual seja a nossa fé

Amanhecer e anoitecer
A paz que todo mundo quer
Estender e estremecer
Entreter o homem e a mulher

Extraídos do que é natural
Atraídos tanto ao bem quanto ao mal

Fumaça de graças
O papel que tu amaça
Fuçada desgraças
O quartel de ameaças

A oração é de um mundo melhor
Na crença aos grandes a quem tem dó

Para onde se vai
A trilha é de quem se faz e refaz
De levanta e cai
Na busca por capital ou pela paz

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias