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Não Adiar

Há dias que falo muito e dias que eu falo pouco,
Há dias que falo tudo e dias que eu falo nada.
Há dias que falo da sede e dias que falo do poço,
Há dias que falo parado e dias na caminhada.

Há dias que não aguento a solidão,
E dias que, não entrem em meu território.
Há dias em que eu aprendo a lição,
E dias que eu não vejo ligação ao notório.

Há dias que não queria estar aqui e dias que sim,
Há dias que lembro de tudo e dias que já esqueci.

Já foi cedo, já foi tarde,
Há dias que nem você não adia,
O corajoso e o covarde,
Há dias em que machucar, ardia.

Há dias que a cicatriz se faz doer até demais,
Há dias que sente dor, como se fosse o jamais.

Enquanto ainda há dias,
Não sinta a afasia.
Enquanto ainda há dias,
Realize as fantasias.

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias