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Redesenhar, Relembrar... (A Criança)

Os velhos desenhos com lápis novos
Traços diferentes, póstumos e até meio tortos
As sombras não assombram os corpos
Dizem apenas de onde vêm as luzes, os polos

É como andar de bicicleta
Bambeia, mas se equilibra
É como andar em linha reta
Então olha pra curva e vira

A borracha apaga mais do que devia
A curva torna turva ao que se desvia

Aqueles desenhos da criança são diferentes
Mesmo assim ela o abraça e e diz estar presente
Pois a visão da esperança se parece ausente
Mesmo assim ela o agarra e diz que está contente

A criança voltou por alguns segundos
E o fez esquecer de toda tragédia do mundo

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias