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Indolore

Sem essa de que nada se cria
E tudo se copia
Há sempre uma nova poesia
Uma nova teoria

Gosto de servir de inspiração
Muitas vezes não, pois me causa agonia
Gosto de soar a minha canção
Menos em vão à esses olhares de ironia

Pode não ser sabedoria, nem tão pouco porcaria
E em analogias
Não vou transformar a melancolia em mercadoria
Sem categoria

Vá pra rua e crie algo novo
Pare de se inspirar nos outros
Seja santo ou seja monstro
Seja você, em seu reencontro

Roube do momento e talvez de mim
Enfim, eu também comecei assim
Mas tenho medo que você crie o fim
De estopim em festim, no jardim

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias