Pular para o conteúdo principal

Adonias

A mente voa
E os pés se fixam no chão
O ato é atoa
Agir em meio a indecisão

Quero ter algo concreto
De meus cimentos, eu fiz minhas pontes e muros
Meus portões inquietos
Esperam receber, mas também continuar seguro

Meu castelo está em construção
E aqui dentro ainda é uma civilização de vozes
Meu império está em construção
Uma caça pela sobrevivência e animais ferozes

E eu que queria apenas paz
Me vejo em meio à tantas guerras sangrentas
E eu que queria apenas paz
Tenho das conquistas, uma parede de cabeças

Confesso Senhor
Fiz o caminho, mas eu não escolhi esse rumo
Confesso Senhor
Em resumo, há alguns dias que eu não durmo

E como devolver-lhe aquele velho segundo?
Como mudar o que eu fiz com esse mundo?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias