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Douros de Ipê

O nosso renascimento se faz diário
E a ressurreição algo que vai além da queda
O peito pulsa em sentido operário
Em alguns instantes, horário, lados da moeda

Os efeitos são destinos, nada concluído
Os defeitos são meninos, de asas no umbigo
Cada um com seu anjo interior perecível
Casas como castelos, sentinelas sem sentido

O norte muitas vezes aponta para uma escolha avessa
De quem até atravessa, mas se dispersa em conversas

Cabeças nas nuvens
Os seus pés não tão firmes no chão
Meninos ou homens
Todos cheios em alguma indecisão

E a grande lição de vida nem existe
Todo o ponto respirado é uma
Todos podem ser anjos ou demônios
Mas a escolha só pode ser uma

Resplandeça e cresça com essa semente da escolha
E que toda folha, alguém colha e não apenas recolha

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias