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Embarque

Quase compreensível como a junção de escalas
Quase pintura abstrata de um pôr do sol
Quase feito de poesias bonitas pras horas vagas
Quase um destino esclarecedor ou farol

O silêncio mental ao jogar um anzol
Vai de sétima menor à bemol
Fala de álcool, formol e até girassol
Canta em inglês ou espanhol

Mas não sai do quase, não sai de praças ou bares
E não para de falar que todos os lugares são lares

Faz do amor, clichê
Do vinho, gourmet
Do bairro, sua turnê
Das festas, matinê

Os amigos se vão junto ao tempo
Nossa vida passa e os caminhos seguem direções opostas
Se encontra em dias de lamentos
Inerte em acomodações, acredita que Deus trará respostas

Acredite, que se ele tiver que te responder já será tarde
Então tire seus sonhos do travesseiro e não seja covarde

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias