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Em uma Praça aí...

É fácil falar, julgar
Difícil é fazer entender que é mutuo, o insulto
É fácil odiar, chutar
Difícil é suportar as dores do punho e do pulso

Eu já cansei de explodir
Gastar minha saliva, olhares e tímpanos com céticos
Eu já mansei ao exprimir
E o meu manifesto não foi o suficientemente poético

Eu não quis tocar nas almas e nem quis tocar nos corações
Não vendi minha calma, nem me rendi em orações
O meu laço é essa praça quase vazia, mas cheia de canções
O meu palco é em um gramado, revezando violões

Interpretes dos sorrisos
Interpretes do saudosismo
Interpretes do fascismo
Interpretes do ostracismo

Do Samba ao Rap
Do Punk ao Reggae
Eu, a minha Plebe
E outros Interpretes

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias