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Não Há Deuses

Perdão não é aquilo que dói
E sim, aquilo que se doa
Como a canção que não sai
A nós vem e assim, soa

Nem toda a asa imponente
É de uma ave que voa
Como nem toda tempestade
Começa com uma garoa

Um amordaçar e um amortecer
Aquilo que o amor aceitar
Todo o disfarçar, o diz e o faça
Todos a errar e a acertar

Há explosão
Anjos com suas máscaras no chão
Há destruição 
E demônios que estendem as mãos

A Lua é a única que continua lá
Longe do solo a me consolar
Vem me dar conselhos sem falar
Sem falhar e assim, sem faltar

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias