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Só mais uma canção

De repente tudo vira canção
O que vem da mente ou o que vem do coração
Todo o tédio ou preocupação
Aquilo que possamos chamar de ação e reação

Toda conta em fração
Toda raça em nação
Todo ódio em paixão
E cidade em cidadão

O carro em alta velocidade na curva
A criança se equilibrando na calçada em dia de chuva
O frio, a noite, as suas mãos e as luvas
Todo contraste de um vinho, seu teor de álcool e uva

Toda sapiência e loucura
Toda a doença e a cura
Toda castidade e luxúria
Toda paciência e fúria

E tem mais
Guerra e paz
A moça e o rapaz
O faminto e o voraz
O impossibilitado e o capaz

E tem muito mais
No horizonte que se faz
E que todo dia se refaz
Seus valores reais
O que deixou pra trás
E que o tempo não traz
Onde a veemência se desfaz

E tem muito, mas muito mais
Até perdi assimetria perspicaz
Raro momento de não ser sagaz
Onde a razão se vai
Onde o orgulho cai
E quem se levanta, observa o cais
Em busca de algo mais

Mais uma canção

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Verdadeira Oração

Uma paz de não estar aqui Uma meditação para chorar e sorrir Um motivo de ser e sentir O corpo cobrir, a alma vestir e partir Quando o arrepio não é calafrio Quando o escuro não é sombrio Quando o silêncio não é desafio Quando distância não é hospício Faz contato com o seu Deus...

O Verbo

Você nunca vai aprender o que acha que já sabe E olha, tem sempre algo novo para explorar Você nunca vai entender nem um terço da metade Porque é preciso investigar e se aprofundar A verdade que você conhece hoje, é apenas a sua verdade Mas tem muito mais coisas do outro lado da porta Dentro do seu mundo, nunca vai compreender a realidade Viverá no raso daquele do que não conheceu lá fora Então meu caro amigo... Consegue entender isso? Mas esse é o medo de quem te controla Não é e nunca deveria ser o seu Então saia dessas amarras, se desenrola  Para ser cético não precisa ser ateu A fé é composta e muito maior do que meros dogmas e rédeas  Aprenda com a sua caminhada e não com quem inventa regras O verbo se fez carne e habitou entre nós Cheio de graça, curou a sua cegueira Sussurrou aos poucos que ouviam sua voz E disse "vai, que essa vida é passageira"

Dilê

Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!