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Tudo isso pra dizer que...

Eu, sou apenas mais um mero aspirante
Inspirado pelos grandes
Um dia deixarei um livro em sua estante
Do nada, num instante

Entre deuses e mutantes
Não mais um figurante
Não mais um coadjuvante
Mas ainda, um amante

Do seu olhar contagiante
Que é mais viciante que o brilho de um colar de diamante
Que todo dia me garante
E que estará sempre aqui, junto a toda poesia dos distantes

Verbos, versos, vogais e consoantes
Todo o meu estoque de rima restante
E, se pá, talvez, não seria o bastante
Algo contagiante, radiante e elegante

Por muitas vezes, irritante
Eu e meu elefante
Por tantas outras, viajante
Eu e meu possante

Tudo isso pra dizer que
Vai e vem eu me apaixono
Tudo isso pra dizer que
Tu não sofrerá o abandono

Mas é sério vai, o que tu viu em mim?

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias