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Das duas às duas

Das duas às duas
Sarau para o Sol e para a Lua
Na arte das ruas
Não à venda e nem semi-nua

Histórias na poesia que se perpetua
Em alguma canção que flutua
Na esperança de que mais se inclua
E que o termino não se conclua

Não é só minha e nem é apenas sua
É toda nossa e é mútua 
Vamos tumultuar ou ficar de estatua
Ao que no peito se tatua

Na ênfase do que se acentua
Há a fé que triunfa
E na mistura do que se junta
Somas de culturas

Dividem ao multiplicar e por ventura
Farturas de criaturas cheias de ternura
Na procura da moldura, pela pintura
Loucura e bravura, torturas e canduras

Das duas às duas
Na arte das ruas

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias