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Nem nós, nem laços

Falta algo
Um pedaço que eu recebi e mesmo assim, perdi
Falta laço
Como num cadarço desamarrado, torpecei e caí

E então, pretérito perfeito
Indicativo, porém é indagativo 
O que eu poderia ter feito
É sugestivo, porém compassivo

E hoje nada em definitivo
Indecisões em ações minuciosas ao objetivo
Muito racional e sensitivo
É dentre a intuição, o instrutivo e o instintivo 

Temos saudades daquilo que pode voltar
Aquilo que perdemos é falta
Tememos a verdade no deixar, no libertar
Pois não sabemos pela alma

Se aquela era mesmo a outra metade
Do que um dia já fez parte
Voltar a ser quase algo, é fragilidade
O olhar de Vênus pra Marte

Longe, distante, platônico
Longe, distante e irônico...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias