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Entre Gênesis e o Big Bang

A maioria dos dias me parecem passar em vão
Para pouco dos melhores dias se tornarem poesia e canção
Todo erro vem em formato de presente e lição
E assim toda fração de dividir no milagre da multiplicação

A palavra é mero artifício para a interpretação
Onde a paz pode tornar-se destruição
E tudo depende do receptor e da manipulação
Onde vedam a inocência em obrigação

Dizem que viver e ser você mesmo faz parte da sua destruição
Te moldam a pagar pela sua salvação
E acreditar em Deus não me força a acreditar em uma religião
Silenciam o que é criação ou invenção

Mas quem criou seu Criador com tanta exatidão?
Ou quem pode afirmar o inicio e a explosão dessa imensidão?
Entre Gênesis e o Big Bang, fica minha confusão
Ainda sinto energias muito maiores do que eu nessa escuridão

Acreditem no que quiser, cada um tem a sua fé
Mas para ressurreição, sou igual a Tomé
Ou mais um mero João afundando em sua maré
Para eu acordar, tem que ser forte o café

Pois eu não sou incrédulo, nem protestante
Sou um navegante postado ao mirante
Observando o balançar da vela, paralisante
De vários Nortes ao que me é fascinante

O horizonte na musica, no desenho e na arte em si
Nos acordes haverão traços e sombras, inicio e fim

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Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias