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Não se pede pra Nascer, Como não se pede para Morrer...

Já nem somos mais
Quem nós costumávamos ser
E isso não é porque todos nós mudamos
E sim, porque evoluímos

Já não usamos mais
As mesmas roupas ou cortes
E por mais que as musicas sejam outras
As velhas nós ouvimos

Nossas velhas musicas dramáticas
Essas velharias que nos trazem à juventude
Saudosista em partes burocráticas
Saudações gaveta empoeirada e sem saúde

Parece um cemitério dessas lembranças
E de vastas, a esperança
Vaga a criança em sua antiga vizinhança
E de nada, as confianças

Saudades dos amigos foram
E principalmente, dos que se foram para sempre
Mas deixaram suas sementes
Em minha mente, que frequentemente os sente

Eu ainda raramente oro por todos vocês
Mas não esqueço que um dia chegará minha vez
Por mais que eu não saiba data, ano ou mês
Em lentidão ou rapidez, o céu ou o inferno talvez

De uma coisa, eu sei...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias