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Quase Messias (Lata)

Uma estrela celeste
Que surge lá no equador
Menino do agreste
Cabra da peste sem amor

Ele vai atrás de seu valor
E tornar-se turista
Mudar o jeito de compor
Seu ponto de vista

Veio a se recompor
No fervor dessas pessoas frias
E tudo que imaginou
Lembra do futuro que merecia

Ou achou que queria
E assim poderia vir a ter tido
Mas apenas se feria
Se mascarava com o sorriso

E agora apenas toma algumas doses
Da sua bebida mais barata
No domingo, a sarjetar e na semana
A se sujeitar, catar as latas

Às vezes o homem da lata
Nos mostra a sua sublime e submissa lição
Olha para o homem de lata
Então percebe que os dois não têm coração

Não tem nenhum rico nessa história
Mas não para pra pensar que poderia ser provisória
Que se ele batalhar conseguirá  vitória
E conquistará a glória se mudar toda a sua tragetória

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias