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Apenas Só, Carrasco de Nós

As dores e os odores do mundo
Imundo, confundindo valores e horrores
As cores e as flores do moribundo
O vagabundo, seus amores sem sabores

Tudo passa, mas o que ficam são as pegadas
Ou os rastros
O que deixam talvez seja apenas só, os restos
Os estilhaços

Tudo pode ser horizonte
Até mesmo observado na vertical dos astros
Tudo parece ser distante
No Universo, Lua, ventos, marés e mastros

E o eco do silencio
O ego do momento

E é apenas só
Digno de dó
Voltando ao pó
Garganta, nó

E nós, esperando
A peça que ligue nosso quebra cabeça
E nós, esperando
Dentro de nossa maior força, a crença

É apenas só
Quase em voz
O meu algoz
Desapego a sós

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias