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Colher o Dia e Plantar, Implantar o Carpe Diem

Um discurso rançoso
E eu nunca ansioso pro final,
Nessas estações sem carnaval,
No bar dos Bardos, afinal

As poesias de boteco
Assombram o ego de seu sinal
O que pode ter se resolvido no eco do aval,
Não em vão, talvez acidental

Sempre a mesma coisa,
Nessa era do que antes fosse
Eu vejo velharias feitas para hoje
E novidades feitas para ontem

Pessoas longe de seu tempo,
Vai de ansiedade, insanidade à ancianidade
De toda diversidade, novidade e antiguidade,
Extinções dentro de nossa raridade, nossa realidade

Entre saudosistas e futuristas,
Vivendo apenas o meu momento
Esperando e deixando, tudo a seu tempo
Como abrir os braços pra chuva ou pro vento

A brisa não avisa, ameniza,
Prioriza estar longe da hipocrisia
Preocupar-se com a própria vida
Pegar a curva, o retorno, a saída

Somos insetos dentro do Universo
Mas nunca infectos ao manifesto...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias