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D'oito

Tu não cresce quando esquece a toalha
Percebe que se cortou com a navalha
E acha que já saiu de casa

Mas sempre volta pro arroz e feijão
Queijo derretido e macarrão
Ou volta correndo pra colocar a ração

Tu não cresce, mas a mente evolui
O pensamento flui, começa e conclui
Sempre atribui, mas nunca diminui

Tu não percebe, mas somos tão pequenos
Que nem vemos que no tamanho do Universo
Não há muita diferença entre nós e o inseto

A nossa alma sim, essa cresce e se expande
E há quem se espante, meros figurantes
Talvez coadjuvante e nós, sempre adiante

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias