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Giz e Parede

Saltam todas as cores
A tela imita o horizonte da imaginação
Supera os sonhadores
Mostra a face da oculta transformação

O som dos pássaros logo cedo
As folhas que dançam na valsa do vento
Vozes que despertam ao enredo
Ainda podendo sentir o perfume do cabelo

E nem foi canção, nem eram poesias
Era apenas um quadro sem grafia
Apenas o grafite de sua bela fantasia
Sem palavras, a história que nascia

Em cada ponto, em cada plano, em cada traço
A fixação
Fazia de nós, desfazia os nós, era o nosso laço
A ficção

Criação da criança, giz e parede
Na extensão da esperança
Uma dose que não mata a sede
Na extinção da lembrança

Me diz, como uma arte tão perfeita pode vir das mãos de alguém tão imperfeito?
Ou como uma frase pode ser concluída tão profundamente estando em silencio?

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias