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Parei de Ler, Fui Escrever (Daqui a pouco volto de onde parei)

Nós acostumamos a nos desacostumar
Amamos os seres desalmados
Saudosistas, em velharias a colecionar
Buscamos o fazer, complicado

Temos tudo pra fazer do modo simples
Mas queremos as notas, as rotas e as voltas mais estranhas
Temos tão pouco para fazermos muito
Mesmo sem termos os equipamentos, escalamos montanhas

Estamos munidos de palavras
Aos que hoje usam seus coletes à prova de som
Sendo punidos com as garras
Dos que precisaram de nossas asas, nosso dom

O que faz o ser quando o brilho nos olhos é a inveja ou é a fúria?
Deixo lá, no vale do inseto que rasteja e tem a morte como cura!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias