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A Voracidade pela Liberdade

A inspiração é um presente de nosso Deus interior
O que nós simplesmente entregamos aos outros
E a atenção, é o único ato que desejamos em troco
Ao mostrar anjos e demônios, santos e monstros

E no groove da batida
O rapper e a sua rima
Nos passos da passista
O sorriso do sambista

O free hand na pele, na parede ou no papel
São como os seres que nós vemos nas nuvens do céu
E vão aparecendo a cada traço à mente, fiel
Nos mostrando a realidade e a ficção, o belo e o cruel

O poeta e sua donzela
As cautelas, sua capela
Em Catedrais de velas
E na janela, a sua cela

Nas canções, nas poesias
Nos desenhos, nas teorias
Nos livros e nas fantasias
Tudo que aparece, se cria

A inspiração é um presente de nosso Deus interior
O que nós simplesmente entregamos aos outros
E a atenção, é o único ato que desejamos em troco
Ao mostrar anjos e demônios, santos e monstros

E na Casa das palhetas, repletas de sumiços
Cada mês, uma nova, um desperdiço
E na casa dos lápis, onde depositamos vícios
Onde a sua criança joga o seu feitiço

Deixamos ao mundo nossa sina
Uma prece que se contamina
Em cada esquina, cada neblina
Sem disciplina e sem rotina

É tudo novidade
Como o brilho da Lua pela cidade
Tudo voracidade
Na fome que temos pela liberdade

Poética...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias