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Eu que não gosto de andar sem rumo, saí para respirar

Por aí
Amando e sendo amado
Levando e sendo levado

Por aí
Somando e sendo multiplicado
Trombando e sendo tomado
Em tromba d'água, tornado

Por aí
Sem rumo

É tão decepcionante quando olhamos
Todo o vazio em que já pisamos
Com tudo o que acordados, nós sonhamos

Demorei muito para largar a Simetria
Desenhei poesias e teorias belas
Vivenciei minhas canções em favelas

Larguei a busca pela perfeição
E eu apenas mudei minha opinião
Aceitei todo argumento de atalho e opção
Mas só eu escolhi e fiz minha direção

Falei tanto de evolução
Que eu precisei sentar à beira da estrada
Para me satisfazer de tal ação e reação esperada

Olhei para a Lua e agradeci
Abri os braços para a Chuva e não me recolhi
Não corri, apensa senti, sem ti

Que onde quer que esteja, sei que também sentiu

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias