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Buenos Aires

Sabemos que só o movimento nos traz a cura
Pois o medo e a angustia trazem a paralisia
E às vezes colocamos a culpa nas fases da lua
Pois é mais fácil dizer que foi tudo energia

Só que o tóxico não vem apenas de fora
É um fungo que aflora no peito seco
Embriagado ou sóbrio, amanhã ou outrora
Vá embora e não volta, me dê sossego 

Fui capaz de tudo o que estava ao meu alcance por ti
Mas hoje, não quero nem te olhar na cara
Era o sonho, o futuro que não terei saudade de sentir
Silencio que um dia foi dor e hoje é nada

Faço as malas, mas quem sai de casa não sou eu...

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias