A minha mente ainda anda tão confusa
E o meu peito parece vazio, sem nada a aquecer
Pois foram tiradas partes tão profundas
Eu tentei fazer dar certo e depois tentei esquecer
Eu não desisti até o meu ultimo suspiro
Mas eu entendi que é preciso morrer para renascer
Me retiro, só não sei quando ressuscito
Fico aqui no purgatório das emoções, a reaprender
Eu preciso e quero sentir o ar como antes
Mas não consigo e observo o meu corpo de fora
É tudo automático em apáticos semblantes
Onde está o sorriso, os abraços fortes e o aurora?
Tudo vai embora e passa rápido, mas demora
A alma chora, deteriora na mais triste sonora
Eu sei que preciso voltar ao meu corpo
Mas é tão bom aqui, longe de todos
Sei que eu quero tentar, sentir de novo
Mas é tão bom aqui, longe de todos
O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.
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