No começo é tudo flor, é tudo infinito
Mas as lembranças vão se borrando, vão se pagando
E de repente um quadro que era bonito
Vira um esboço e depois se torna uma tela em branco
Nós apagamos porque queremos apagar
Precisamos deixar para trás tudo aquilo que nos deixou para trás
Apagamos o que não queremos lembrar
Pois dói ver que foi bom, mas precisamos seguir e ficar em paz...
O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.
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