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Chamas

Deixei de conhecer tanta coisa
Enquanto eu permiti a minha cegueira
E muitas vezes eu quis voltar na caverna
Só para ver as sombras na fogueira

É difícil, porque quando saímos no Sol
Os olhos não se acostumam de cara
Parece impossível quando o vício é o habitual
E nos adaptamos à mente falha

Quanto menos energia gastamos, menos queremos gastar
E quanto mais gastamos, mais nos desgastamos
Mas se é recíproco, nós temos ela de volta
Só que às vezes são migalhas a qual nos acostumamos

E só um recado, não seja luz a quem não é chama
Pois assim, deixamos de nos chamar
Esse é o nosso pecado, o de amar quem não nos ama
Pois assim, deixamos de nos amar

Seja a luz, mas não permita que sejam a sua escuridão!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias