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Paris

Tem coisas que eu tento te dizer
Mas eu nunca te diria sóbrio
Coisas como a solidão, a ilusão e o óbvio

Tem coisas que eu digo com o olhar
Com a dança, com o toque nas mãos
Com o estar, o estar próximo

Tem coisa que nos desaproximam
Acho que encontro palavras que rimam
Mas é um núcleo tóxico

E sabes, sabes que sou canções
Sou várias composições
Em rumo ao ócio

Eu sou aquela poesia triste
Que resiste, mas guarda as mensagens
Em trovas e trovões, em tópicos

Sou um plano de ação
Sem tática, sem execução
Apenas na presença das fadas, do utópico

Sou sonhos acordados
Sou um eterno apaixonado
Vendo tudo o que há de dispótico

Sou as dúvidas que nos traem
E nos atraem a perder o que poderíamos ganhar
Sem o medo de arriscar, sem o medo de ser o que seria óbvio

É... sou o óbvio
Que fingimos não ser, mas somos
Na soma do calor de nossos corpos!

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias