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Paris

Tem coisas que eu tento te dizer
Mas eu nunca te diria sóbrio
Coisas como a solidão, a ilusão e o óbvio

Tem coisas que eu digo com o olhar
Com a dança, com o toque nas mãos
Com o estar, o estar próximo

Tem coisa que nos desaproximam
Acho que encontro palavras que rimam
Mas é um núcleo tóxico

E sabes, sabes que sou canções
Sou várias composições
Em rumo ao ócio

Eu sou aquela poesia triste
Que resiste, mas guarda as mensagens
Em trovas e trovões, em tópicos

Sou um plano de ação
Sem tática, sem execução
Apenas na presença das fadas, do utópico

Sou sonhos acordados
Sou um eterno apaixonado
Vendo tudo o que há de dispótico

Sou as dúvidas que nos traem
E nos atraem a perder o que poderíamos ganhar
Sem o medo de arriscar, sem o medo de ser o que seria óbvio

É... sou o óbvio
Que fingimos não ser, mas somos
Na soma do calor de nossos corpos!

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Podem falar o que quiser Eu tenho a arte da refuta Mas eu não gasto com quem não escuta Me ponho no meu lugar de fé De boa firmeza e conduta Pois é todo dia uma nova luta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta Quem anda comigo é Dilê Sarvá meus Pais, meus Ancestrais  Que me protegem do sofrer E me guiam no caminho pela paz Podem falar o que quiser Mas se me colocar na disputa Se prepare pr'uma retórica astuta Me ponho no meu lugar de fé E se essa calmaria te frustra De meditação e respiração robusta Eu estou aqui para dizer Que a vida é muito curta E que você não me assusta (...) Mar calmo não faz bons marinheiros, eu sei Pois por onde eu ando é bem turbulento É frio e sombrio, missão que raros irão escolher Mas fazer o que? Eu disse que - Aguento!