Sinto que cada adiamento é um dia perdido
E por mais que eu esteja decidido
Tem dias que eu acordo cansado e retido
Derretido em meus próprios ácidos
Passado assíduo de meus pesadelos constantes
Que me fazem acordar em um mero instante
E por mais que mutável, se repete como antes
Por mais que diferente, o mesmo semblante
Que já é o bastante para me deixar circulando no fuso automático
Me silencia e me faz olhar para o nada, apático
Até paro e quando me percebo no vazio, dou um sorriso simpático
Não é uma religião, não quero me tornar fanático
E como se fosse prático esquecer o passado, eu oro
Preciso me tratar, me deixar, me libertar
E como se fosse didático, me aconselho, sento e choro
Converso com o espelho e deixo passar
Sou muitas vezes repetitivo a mim mesmo
Sigo na fé de um Deus que vem de dentro
(...)
Não deixar de sonhar, já é um começo!
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