Antes de voltar para casa, sem muito esforço
Eu gostaria mais uma vez de botar os meus pés no mar
Assim sentir o sal grosso levar o mau agouro
Me libertar, respirar de braços abertos sem desperdiçar
E apenas me dispersar aos ventos que as ondas vêm e nos trazem
Observar o sol se por, enquanto a lua chega sem avisar
Contar os pingos de estrelas que vão surgindo e então se desfazem
Fotografar esse momento em minha mente e redesenhar
Meus quadros precisam dessa paisagem solitária
Emoldurados presentes a mim mesmo
Minha alma, minhas pinturas, poesias e literárias
Emoldurados presentes a mim mesmo
Se ame mais e assim encontre a sua paz...
Sou a mata em meio a selva Sou resistência, sou relva Renasço em meio a queda Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza Sou parte dos deuses e da realeza A mistura da felicidade e da tristeza Canto e recanto em silêncio Escuto os meus pensamentos Vozes que vêm do alento Preces de força, do firmamento Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço Na labuta diária, o agradecimento Na oferta e no sentimento A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias
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