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Teatro dos Contornados

A criança admirando a Lua
Indo para rua da Amargura, no jardim Loucura
Passou da noite, já às duas
Cada um é cada um rapaz comum, a vida é sua

Além de um cego alucinado
E sem direção com o que tem falado
Não ouve ninguém ao lado
Diz querer sair, sabe que está errado

Mas preso a um inferno
Único calor, no inverno

Antes jogava uma bola
Era o craque de sua escola
Hoje um medo o assola
E o crack faz a sua degola

Triste realidade de mais um menino invisível
Que um dia acreditou, que tudo era possível

Um teatro dos contornados
Tétrico e consternado
Céticos, mas confrontados
Cegos, conformados

O pior cego é aquele que não quer ver, sentir
Como o pior mudo é o que não quer falar, sorrir
Ou o pior surdo, é aquele que não quer ouvir
Iguais num mesmo medo, do que seja se redimir

Que o gigante acorde num eclipse
Trombetas e acordes de apocalipse

Que o Ciclo destrua esse Circo...

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