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Avulsos e Milongas (Esquecidos no SUS)

Tudo é fuga, o que se vende e se aluga
Há quem julga e há quem conjuga
Toda ajuda vem de Budas ou de Judas
É repetir ou usar de frases mudas

A demora é uma senhora de frases repetidas
Repetindo a questão de: Quais não são ditas?

Eu disse mais do que queria falar
Trovejei mais do que queria recitar
Pintei mais do que queria decorar
Calculei mais do que queria decifrar

É, eu repeti as palavras mais sem graças
Sobre o medo, a desigualdade e as raças

Se realmente me ouviu
Eu nem sei
Se mais alguém sumiu
Não somei

A memória fraca se repete sem Déjà Vus
De avulsos e milongas esquecidos no SUS

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Cronicas de Pietro (parte 2)

O cheiro de urina, Onde indigentes morrem todos os dias. Cheio de morfina, Onde indígenas dormem ao que se inicia. Um dia triste de chuva, E apenas espero a nossa Lua. Enquanto faço a curva, Eu aumento o som da música. A realidade é mais intensa do que parece E nem tudo se resume a prantos e preces Mas o olhar, Brilha igual ao chão molhado. Na volta ao lar, Observando o que está ao lado.

Mais um dia

Sou a mata em meio a selva  Sou resistência, sou relva  Renasço em meio a queda  Sou o sorriso de uma fera Risco o ponto e me sento a mesa Me concentro e clamo pela natureza  Sou parte dos deuses e da realeza  A mistura da felicidade e da tristeza  Canto e recanto em silêncio  Escuto os meus pensamentos  Vozes que vêm do alento  Preces de força, do firmamento  Estou nas velas que eu ascendo Sou as preces que ofereço  Na labuta diária, o agradecimento  Na oferta e no sentimento  A fé vem antes de receber E se torna mais forte ao agradecer  Transforma ao pertencer Revigora na evolução do eu, crescer Minhas orações não são só minhas São de quem e pra quem se confia De meus ancestrais e de meus guias Uma oração a Ogum e uma Ave Maria  Bom dia, pois é mais uma dia Entre o céu azul e a floresta cinza A respiração que enche e esvazia No sol quente e nas paredes frias